quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sobre a sadia divergência...

"Se discordas de mim, tu me enriqueces".

Ter ao próprio lado quem só sabe dizer amém, quem concorda sempre, de antemão e incondicionalmente, não é ter um companheiro, mas sim uma sombra de si mesmo.

Desde que a discordância não seja sistemática e proposital, que seja fruto de visão diferente, a partir de ângulos novos, importa de fato em enriquecimento.

Tenho consciência de que muitos não gostam de divergências, repelindo-as até mesmo com certa rispidez ou grosseria. Eu mesmo, não raras vezes, fui vítima da fúria insana e totalmente insensata de algumas pessoas, mas isso também faz parte da caminhada da vida.

Não tenho a menor pretensão de ser dono da verdade, mas confesso que aqueles que agem assim, ainda, conseguem irritar-me bastante.

Um dia, quem sabe, atinjo o nível de abstrair-me totalmente das degenerescências e mediocridades...

É possível caminhar sozinho. Mas o bom viajante sabe que a grande caminhada é a vida e esta pressupõe companheiros.

Companheiro, etimologicamente, é quem come o mesmo pão.

Uma excelente noite a todos,

J.Paulo

Um comentário:

  1. Para que seja sadia a divergência deverá munir-se de boa dose de humildade. Quem a oferece deve fazê-lo de forma despretensiosa, sobretudo no que se refere à vaidade, soberba e altivez... quem a recebe, por sua vez, deve ter a humildade de tolerá-la ou até mesmo aceitá-la, caso esteja recheada de argumentos positivos, que sinalizem crescimento e enriquecimento pessoal.
    Questão de sabedoria e de equilíbrio é desconsiderar as necessidades rudimentares do ego em prol do seu aperfeiçoamento, sempre que formos desafiados por situações de desarmonia. Só assim a divergência nos trará elevação.
    Ivana

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