sábado, 31 de dezembro de 2011

Cadê o amor?

Cadê o amor?


       Se um país puder ser identificado por seus símbolos, falta algo no Brasil. Quando os franceses fizeram a sua revolução, o ideário desse movimento foi resumido em três palavras que ainda hoje estão nos corações e mentes de qualquer francês: "Liberdade, igualdade e fraternidade". Três valores absolutos que se combinam e completam.

       Para ser livre é preciso ser igual e fraterno. Os americanos fizeram o mesmo em sua revolução. No preâmbulo da Declaração de Independência dos EUA estão caracterizados igualmente três princípios. Segundo os pais fundadores da América, todos os homens foram criados iguais por ninguém menos que Deus e ganharam, diretamente dele, pelo menos três direitos inalienáveis: "a vida, a liberdade e a busca da felicidade".

       Os governos, segundo essa declaração, foram instituídos para assegurar esses direitos e sempre que não o fizerem deverão ser alterados ou abolidos pelo povo.

       Da mesma forma que na fórmula francesa, para Jefferson, Franklin e demais constituintes americanos, que escreveram uma carta magna que em 200 anos continua a mesma, o homem nasce para a vida, livre e com o direito de ser feliz.

       Juntando as idéias, as duas democracias que mais nos marcaram ao longo de nossa História legaram-nos como símbolos a vida, a liberdade, a igualdade, a fraternidade e a busca da felicidade. Cinco princípios, cinco como os dedos de uma mão, o suficiente para fazer não apenas um programa de governo, mas a própria essência do Governo.

       Diante de episódios como o massacre de Eldorado dos Carajás, onde estão esses princípios? Onde está a vida? Cadê a liberdade? O que foi feito da fraternidade? E como buscar a felicidade sem tombar vítima de balas de jagunços ou soldados?

       Quando fundamos a nossa República buscamos também uma idéia francesa. Infelizmente não adotamos simplesmente as três idéias absolutas legadas pela revolução. Preferimos um filósofo que estava em moda na época: Augusto Comte. Daí nasceu a divisa de nossa bandeira: "Ordem e Progresso". Mas, ao adotar a idéia de Comte e ao inscrevê-la em nosso pavilhão já cometemos uma primeira e imperdoável escamoteação; escondemos algo. Começamos falseando o pensamento do filósofo para enquadrá-lo num sistema que já era injusto e que injusto continua. Algo essencial ficou de fora, algo que transformaria completamente o sentido de "Ordem e Progresso".

A frase de Augusto Comte, da qual derivou o lema de nossa bandeira, é: "O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim". Assim, a frase completa que deveria figurar em nossa bandeira seria: "Amor, Ordem e Progresso". O amor ficou de fora, jogamos fora o princípio mesmo do pensamento do filósofo, pois o amor, como os valores anunciados pelos fundadores das democracias francesa e americana, também é um valor maior, absoluto e transcendental; tão maior que condiciona e direciona irremediavelmente o sentido dos outros dois, como queria o filósofo.

       Sem amor, "Ordem e Progresso" poderia estar escrito até na entrada de um campo de concentração. Só para lembrar, em Auschwitz estava escrito "O Trabalho Liberta" no portal por onde passavam os trens da morte.

       Afinal, o que costumamos entender como ordem? Em nome desse conceito exige-se sempre, entre nós, que os injustiçados se calem e se conformem com a sua desgraça, com a sua escravidão, com a felicidade que é negada, com a ausência de fraternidade, sem a menor perspectiva de igualdade, à espera do progresso que nunca os alcança. E que progresso é esse que dá ouro a bancos falidos e chumbo a homens sem terra? Isso é exatamente o contrário do que pregavam Jefferson e Franklin!

       Enquanto o amor não for resgatado e inscrito em nossa bandeira, nos corações e mentes das elites brasileiras, continuaremos sendo um país no qual seus habitantes, na sua grande maioria, não serão cidadãos brasileiros, nascidos livres e criados iguais, mas simplesmente "sem-terra, pivetes, trombadinhas, carentes, bandidos ou traficantes", periodicamente exterminados para manter a ordem e não atrapalhar o progresso. Cadê o amor?

        FRITZ UTZERI (Jornalista)

Busque

BUSQUE

Busque nos olhos o gosto do sorriso.
Busque no toque o gosto da pele.
Busque no cheiro a sensibilidade da alma.
Busque em cada noite fria o calor do dia.

Busque no dia o frescor da noite,
mas sem perder o brilho da manhã.
Busque acima de tudo
o que não conseguiu sentir.
Aquilo que não percebeu
e pode agora ser saboreado.

Resgate o gosto bom do que gostou.
Fortaleça as idéias esperançosas.
Mas busque primeiro
o sentido de sua vida,
a fonte de ser verdadeiro.

Busque o motivo
de seu "Ser" ser o que é
e de tudo aquilo que o faz buscar.

Busque a simplicidade de amar.
E busque antes de tudo
a paz  dentro de ti e serás feliz!

O BORDADO

O BORDADO
Quando era pequeno minha mãe costurava muito. Eu me sentava
perto dela e lhe perguntava o que estava fazendo. Ela me
respondia que estava bordando.

Eu observava seu trabalho de uma posição mais baixa de onde
ela estava sentada, e sempre lhe perguntava o que estava
fazendo, dizendo-lhe que de onde eu estava o que ela fazia me
parecia muito confuso. Ela sorria, olhava para baixo e
gentilmente dizia: "Filho, saia um pouco para brincar e quando
terminar meu bordado te chamarei e te colocarei sentado em meu
colo e te deixarei ver o bordado desde a minha posição".

Perguntava-me porque ela usava alguns fios de cores escuras
e porque me pareciam tão desordenados de onde eu estava.
Minutos mais tarde escutava-a chamando-me: "Filho, vem e
senta-te em meu colo".

Eu o fazia de imediato e me surpreendia e emocionava ao ver
a formosa flor e o belo entardecer no bordado. Não podia crer;
de baixo parecia tão confuso. Então minha mãe me dizia: "Filho,
de baixo para cima tudo te parecia confuso e desordenado, porém
não te ocorria de que há um plano acima. "Havia um desenho; só
o estava seguindo. Agora olhando-o da minha posição saberás o
que estava fazendo".

Muitas vezes ao longo dos anos tenho olhado para o céu e
dito: "Pai o que estais fazendo?" Ele responde: "Estou bordando
tua vida." E eu lhe replico: "Mas está tudo tão confuso; em
desordem. Os fios parecem tão escuros, porque não são mais
brilhantes?" O Pai parecia dizer-me: "Meu filho, ocupa-te de
teu trabalho e Eu farei o meu; um dia te trarei ao céu e te
colocarei em meu colo e então verás o plano desde a Minha
posição."

Barulho de Carroça

Barulho de Carroça

Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
"Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz..."
Nota: Cuidemos sempre para que não nos tornemos carroças vazias.
Um fraternal abraço,
J.Paulo

AVEC ELÈGANCE

AVEC ELÈGANCE

(Martha Medeiros)

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir à empregadas domésticas, garçons ou frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e , ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois
manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".

Autocriação

Autocriação

Quando você nasceu, Deus não rogou uma praga para você
ser tímido, distraído ou confuso.
Ele lhe proporcionou todas as ferramentas para você
completar Sua criação.
Perguntado sobre como era criar uma obra de arte,
Michelangelo respondeu:
"Dentro da pedra já existe uma obra de arte. Eu apenas
tiro o excesso de mármore!"
Dentro de você já existe uma linda obra de arte, a mais
bela do universo.
Seu grande desafio é retirar o excesso de mármore e
completá-la.
Nós somos os artistas da nossa criação!
A grande verdade é que você é a pessoa que escolhe ser.
Todos os dias você decide se continua do jeito que é ou
muda.
A grande glória do ser humano é poder participar de sua
autocriação.

O SUCESSO É SER FELIZ!
(Roberto Shinyashiki)

Atrás da tela...

Atrás da tela...

Durante o período em que eu estava aprendendo a usar o computador comecei a ficar preocupado com o barulho que vinha dele.
Parecia que ele estava trabalhando embora nada estivesse mudando na tela.
Liguei imediatamente para o representante, preocupado e ele me respondeu:
-Não se preocupe, provavelmente o computador está trabalhando em uma das funções por trás da tela e você não pode ver.
Comecei então a pensar na frase "por trás da tela" e comecei a perceber como eu era orientado visualmente.
Preocupado por não ver o que estava acontecendo.
Aí então lembrei-me do meu relacionamento com Deus e quão dependente eu sou de ver os resultados da sua atuação.
Quando não vejo os resultados esperados, quando "nada" acontece eu assumo que Deus não está fazendo nada.
Mas ele muitas vezes trabalha por trás da tela, na realidade por trás da
"Tela da Vida".
Se eu, em determinados momentos, não vejo a mão de Deus atuando, me
protegendo, guiando, eu posso estar seguro de que Ele está trabalhando a meu favor por trás da cena do cotidiano.
Existe uma situação na sua vida hoje que você não está vendo a ação de Deus?
Talvez as circunstâncias da sua vida estejam resistindo à qualquer tentativa de mudança que você já fez.
Apesar de você ter a impressão de que nada está acontecendo, não desanime e busque com todas as suas energias, pois Ele não está parado mas está "trabalhando por trás da sua "Tela da Vida".
Entrega o teu caminho ao Pai, confia nele e você encontrará sua felicidade.

Autoria: Luiz Roberto Silvado

Espero que tenha gostado....
J.Paulo

As Asas

As Asas
A vida é breve, a alma é vasta:
ter é tardar
(Fernando Pessoa, Mensagem).


Um homem demora muito tempo a fazer-se. Não somos como aqueles passaritos
que se soltam na imensidão dos céus pouco tempo depois de terem visto a luz.
Trazemos em nós uma semente que demora a germinar, que gasta nessa tarefa
muitos anos de agitação e silêncio. É assim, decerto, porque está destinada
a dar um fruto muito maior que o do pássaro.
Temos, sem dúvida, uma alma: raciocinamos, temos sede de conhecer, somos
capazes de amar e de escolher. Um animal come necessariamente, se tiver fome
e o alimento estiver ao seu alcance. Um homem, nas mesmas circunstâncias,
pode não o fazer. Porque, por exemplo, resolveu fazer dieta. Ou porque
escolheu dar o seu alimento a outro que tinha mais fome do que ele. Tem a
possibilidade de viver de acordo com outros critérios.
Há muitos séculos que chamamos alma a esse não-sei-quê que faz parte de nós
e nos permite viver num plano superior ao das coisas simplesmente materiais.
É como se possuíssemos uma espécie de asas.
Sabemos apreciar um sofá confortável, um sono reparador, um bom bife com
batatas fritas. Mas precisamos de mais do que isso. E damos por nós a
perguntar "porquê?", ou a discutir idéias. E descobrimos que há qualquer
coisa - não feita de células ou moléculas - que nos comove e nos atrai numa
paisagem, num gesto de heroísmo, num poema, na música.
Há uma beleza e um bem que não são feitos de nada que se possa tocar. Que
não estão nas coisas, embora as coisas nos levem a eles. Aquilo que é apenas
material - acabamos sempre por o descobrir - sabe a pouco e não nos enche as
medidas. Mas leva tempo a chegar aí.
Leva tempo até percebermos, por exemplo, que existe uma paz que não é a paz
das coisas, mas sim uma harmonia interior que resulta de um comportamento
correto. E que é esse o gênero de paz que nos interessa; que não nos basta
aquela paz que é feita somente de ausência de vento ou de guerra.
Um homem tem de crescer não apenas corporalmente. Deve atingir uma
envergadura que ultrapassa em muito o âmbito das coisas materiais. Deve
fazer-se... homem.
É um caminho já de si longo. Ainda por cima, cometemos com freqüência a
burrice de termos medo de ganhar asas. De largar um pouco esses outros bens
- mais pequenos, mais baixos, mais... animais. É olhar e ver como muitas
vezes nos afadigamos correndo atrás da posse de bens materiais e dos
prazeres que não são senão para o corpo e de que também gostamos. Ter,
gozar, curtir, comprar, comprar... Ter, ter, ter.
Mas sucede que o ter e o comprar e o curtir - usados de um modo exagerado,
como fazemos - nos atrasam. Perdemos tempo.
Quem vive obcecado com a posse de prazeres e bens materiais não tem acesso
aos prazeres da alma. Passa ao lado do bem e da beleza e do amor. Porque
escolheu um nível para a sua vida - o mais cômodo - e escolher uma coisa é
sacrificar as outras. Não é possível alcançar o topo da montanha e,
simultaneamente, permanecer deitado à sombra lá em baixo.
Portanto, apressemo-nos. Pois, como escreveu o poeta, ter é tardar..."

 

As três coisas...

As três coisas...


De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto, devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro...
Fernando Sabino

A árvore dos problemas

A árvore dos problemas

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu da seu carro furou e ele deixou de ganhar uma hora de trabalho. A sua serra elétrica quebrou, ele cortou o dedo, e finalmente, no final do dia, o seu carro não funcionou.

O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa e, durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.

Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos. Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se. Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrar em casa.

"Ah", respondeu o carpinteiro, "esta é a minha planta dos problemas".

"Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte."

"E você quer saber de uma coisa? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior..."

APRENDER

O texto abaixo nos traz uma reflexão profunda sobre o que é APRENDER e, sobretudo o que devemos aprender.

Peço a Deus que me dê a sabedoria necessária para estar sempre aprendendo com todos aqueles, que de uma ou outra maneira, enriquecem esse grande aprendizado que é a vida.
Este texto é para TODOS NÓS: APRENDIZES...
J.Paulo
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APRENDER

Depois  de  algum  tempo  você  aprende a  diferença, a sutil diferença entre  dar  a  mão  e acorrentar uma  alma. E você aprende que amar não significa  apoiar-se, e que  companhia nem sempre significa segurança. E começa  a  aprender  que  beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E  começa  a   aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com  a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto  você  se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E  aceita que não  importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de  vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar  pode aliviar  dores emocionais.  Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você  pode fazer coisas  em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras  amizades continuam a  crescer mesmo a longas distâncias.  E  o  que  importa não é o que  você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.  Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que  os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas  com  quem você mais  se importa na vida são tomadas de você muito  depressa  - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos  com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende  que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós   somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre  que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o  tempo é curto. Aprende  que  não importa  aonde já chegou, mas onde  está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende  que,  ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível  não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende  que  paciência  requer muita  prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das  poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende  que maturidade tem mais a  ver com os tipos de experiência que se teve  e  o  que você  aprendeu  com  elas,  do  que com  quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que  nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas  são  tão humilhantes  e  seria uma tragédia  se ela  acreditasse nisso. Aprende  que quando  está com raiva tem o direito  de estar com raiva, mas isso  não  te  dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o  ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não  o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende  que  nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se  a si mesmo. Aprende  que  com a mesma severidade com que julga, você  será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos  pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o  conserte. Aprende  que  o tempo não é algo que possa voltar para trás.  Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe  depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!  
Veronica Shoffstall

APENAS UM HOMEM COMUM

APENAS UM HOMEM COMUM

J.CARINO
Olho as ruas da minha cidade e já não a reconheço. Onde o pôr-do-sol por sobre minaretes avermelhando tudo? Onde a brisa que vem do deserto trazendo um afago cálido da natureza depois de um dia de trabalho? Onde a sombra da tamareira que refresca o corpo e permite a calma da mente?

Ouço os barulhos de minha cidade e meus ouvidos já não os reconhecem. Não me chega aos ouvidos o som que vem da mesquita arrebanhando os fiéis para as preces três vezes por dia, fazendo o corpo se voltar para Meca e o coração para Alá.

Minha cidade está coberta de pó, fumaça e cinzas; os sons de explosões me entram pelos ouvidos e me sacodem o corpo, que treme mergulhado no medo, afogado em pavor.

O céu de minha cidade está negro, como negra está a alma dos que a fizeram ficar assim. Ao invés do sol escaldante porém majestoso e da noite perfumada e coalhada de estrelas, o brilho apavorante de projéteis que cruzam os céus com destino certo: um ponto de destruição, onde haverá corpos despedaçados e habitações em ruínas.

Vagueio atônito por minha cidade. Em minha mente, só perguntas sem resposta: por que tanto ódio, tanta fúria, tanta dor? Por que conosco, pobres mortais, indefesa gente, normalmente pacífica, amante de música, de dança, de alegria?

Não há respostas; existem apenas perguntas que ecoam pela rua, pelo país, pelo mundo; que reverberam apenas nos corações sensíveis, capazes de compaixão.

Ando pelas ruas, sem rumo, sem motivo, sem destino. E mesmo porque já mais nada me resta senão andar, movido pelo instinto da sobrevivência, que já me falece nas entranhas, levando-me ao limiar da desesperança, à vizinhança da falência total da vontade, que acabará por me tornar mais um corpo estendido numa destas esquinas.

Penso no mundo que nos vê, que observa nossa desgraça; que nos olha sendo presos, torturados, mortos; que nos vê despojados de bens e sobretudo de dignidade; que nos olha de longe, do conforto de suas casas, abrigados e aquecidos, como quem assiste a um espetáculo, contemplando entre perplexos e passivos o show proporcionado pelo sofrimento.

Ando pelas ruas e apenas meu coração chora, pois não tenho mais lágrimas que me possam rolar pelo rosto de pele escura tostada pelo sol de minha terra. Choro pelos que amava e que perdi ainda agora: pais, mulher, filhos, os parentes todos, quase todos os amigos.

Sou um homem comum. Não sou um ditador nem um guerreiro poderoso e insensível. Não sou arrogante nem cruel. Não tenho palácios nem riquezas. Não sou o dono do líquido viscoso e negro, cuja valor econômico e estratégico o torna mais importante que a vida, o dom supremo. Então, por que desabam sobre mim todas as desgraças e todas as bombas capazes de ser lançadas pela mão da covardia?

Não tenho raiva, mas pena. Do meu âmago irrompe um irrestível sentimento de pena, que consegue ser mais forte do que o ódio. Pena de nós, seres humanos, capazes de chegar aos extremos da vilania e a inimagináveis requintes de crueldade.

Não quero mais nada, senão a paz. Porém, se ainda posso desejar alguma coisa; se ainda me for dado querer algo; se ainda me concedem um pouco de vez e voz, almejo que cada um pense em nosso sofrimento de hoje, de amanhã, do futuro. E que cada homem, mulher e criança do mundo nos veja não como alvo, obstáculo ou mesmo como motivo de lástima, mas como um espelho, no qual esteja refletida a capacidade humana de odiar, matar, destruir, fazer sofrer. E que essa imagem refletida a partir de mim, um iraquiano comum, de nós, um povo vilipendiado, agredido e sofrido, voe no tempo e no espaço e cale fundo na alma dos que ainda conseguem crer no bem, na justiça e na capacidade humana de amar.

Amor de Pai

Amor de Pai
 
 Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço.
Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho
nem de compromissos.
O que ele mais gostava era fazer festas e estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que
lhes oferecer, depois o abandonariam.
Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo
de atenção.
Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um
pequeno celeiro e dentro dele, ele mesmo fez uma forca, e junto a ela uma placa com os dizeres: "Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai."
Mais tarde chamou o filho e o levou até o celeiro e disse:
- Meu filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei
qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda na mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais, e os bens, para se sustentar, e quando
não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais nada,
vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos. É por isso que eu construí esta forca, sim, ela é para você, quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se
enforcará nela.
O jovem riu, achou absurdo mas, para não contrariar o pai prometeu; pensou que jamais isso pudesse ocorrer.
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto,
o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:
- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, e tarde demais!
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro; era a única coisa lhe
restava; a passos lentos se dirigiu até lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:
- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada.
Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:
- Ah, se eu tivesse uma nova chance - então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta.
Mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e sobre ele caíam
jóias , esmeraldas, pérolas, diamante, a forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
"Essa é a sua nova chance, eu te amo muito. Seu pai"

Amar

Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina.Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade

O Alpinista

O Alpinista

Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua.

Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.

Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar, resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo.

Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão,zero de visibilidade, não havia lua, e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.

Subindo por uma "parede" a apenas 100m do topo ele escorregou e caiu ... caia a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da  gravidade.

Ele continuava caindo ... e nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida ... de repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade.... Shack! Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.

Nesses momentos de silêncio, suspendido pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:

- Ó MEU DEUS ME AJUDE ! ! !

De repente uma voz grave e profunda vinda do céu respondeu:

- QUE VOCÊ QUER DE MIM MEU FILHO?

- Me salve meu Deus por favor! ! !

- VOCÊ REALMENTE ACREDITA QUE EU POSSA TE SALVAR ?

- Eu tenho certeza meu Deus! ! !

- ENTÃO CORTE A CORDA QUE TE MANTÉM PENDURADO . . .

Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda à corda e refletiu que se fizesse isso morreria...

Conta o pessoal de resgate que no outro dia encontrou um alpinista congelado... morto... agarrado com força... com as suas duas mãos a uma corda...

A TÃO SOMENTE UM METRO DO CHÃO...

E VOCÊ? Está segurando firmemente a sua corda?

POR QUE VOCÊ NÃO A SOLTA?

A ROSA

A ROSA
John Blanchard levantou do banco, endireitando a jaqueta de seu uniforme e observou as pessoas fazendo seu caminho através da Grand Central Station. Ele procurou pela garota cujo coração ele conhecia, mas o rosto não: a garota com a rosa!
Seu interesse por ela havia começado trinta meses antes, numa biblioteca da Florida. Tirando um livro da prateleira, ele se pegou intrigado, não com as palavras do livro, mas com as notas feitas á lápis nas margens. A escrita suave refletia uma alma profunda e uma mente cheia de brilho. Na frente do livro, ele descobriu o nome do primeiro proprietário: Srta. Hollis Maynell. Com tempo e esforço ele localizou seu endereço.  Ela vivia em New York. Ele escreveu-lhe uma carta, apresentando-se e convidando-a corresponder-se com ele.
Na semana seguinte ele embarcou num navio para servir na II Guerra Mundial. Durante o ano seguinte, mês a mês eles desenvolveram o conhecimento um do outro através de suas cartas. Cada carta era uma semente caindo num coração fértil. Um romance de companheirismo. Blanchard pediu uma fotografia, mas ela recusou... Ela pensava que se, realmente, ele se importasse com ela, sua aparência não importaria...

Quando finalmente chegou o dia em que ele retornou da Europa, eles marcaram seu primeiro encontro - 7 da noite na Grand Central Station em New York. "Você me reconhecerá", ela escreveu, "pela rosa vermelha que estarei usando na lapela". Então, às 7:00 ele estava na estação procurando por uma garota cujo coração ele amava, mas cuja face ele nunca havia visto.

Vou deixar John dizer-lhe o que aconteceu: "Uma jovem aproximou-se de mim. Sua figura era alta e magra. Seus cabelos loiros caíam delicadamente sobre os seus ombros; seus olhos eram verdes como água. Sua boca era pequena; seus lábios carnudos e seu queixo tinha uma firmeza delicada. Seu traje verde pálido era como se a primavera tivesse chegado.

Eu me dirigi à ela, inteiramente esquecido de perceber que a mesma não estava usando uma rosa. Como eu me movi em sua direção, um pequeno provocativo sorriso, curvou seus lábios. "Indo para o mesmo lugar que eu marinheiro?", ela murmurou. Quase incontrolavelmente dei um passo para junto dela, e então eu vi Hollis Maynell.

Ela estava parada quase que exatamente atrás da garota. Uma mulher já passada dos 50 anos, ela tinha seus cabelos grisalhos enrolados num coque sobre um chapéu gasto. Ela era mais que gorducha, seus pés compactos confinavam em sapatos de saltos baixos.

A garota de verde seguiu seu caminho rapidamente. Eu me senti como se tivesse sido dividido em dois, tão forte era meu desejo de segui-la e tão profundo era o desejo por aquela mulher cujo espírito, verdadeiramente, me acompanhara e me sustentara através de todas as minhas atribulações.

E então ela parou! Sua face pálida e gorducha era delicada e sensível, seus olhos cinzas tinham um calor e simpatia cintilantes. Eu não hesitei... Meus dedos seguraram a pequena e gasta capa de couro azul do livro que a identificou para mim. Isto podia não ser amor, mas poderia ser algo precioso. Talvez mais que amor, uma amizade pela qual eu seria para sempre cheio de gratidão.

Eu inclinei meus ombros, cumprimentei-a mostrando o livro para ela, ainda pensando, enquanto falava, na amargura do meu desapontamento:

"Sou o Tenente John Blanchard, e você deve ser a Srta. Maynell. Estou muito feliz que tenha podido me encontrar. Posso lhe oferecer um jantar?" O rosto da mulher abriu-se num tolerante sorriso:

"Eu não sei o que está acontecendo", ela respondeu, "aquela jovem de vestido verde que acabou de passar me pediu para colocar esta rosa no casaco. Ainda me disse que, se você me convidasse para jantar, eu deveria lhe dizer que ela estaria esperando por você no restaurante de esquina. Me disse que isso era um tipo de teste!"

Não parece difícil, para mim, compreender e admirar a sabedoria da Srta. Maynell.

A VERDADEIRA NATUREZA DO CORAÇÃO DE UMA PESSOA É VISTA NA
MANEIRA COMO ELA RESPONDE AO QUE NÃO É ATRAENTE!

A piscina e a cruz

A piscina e a cruz
 
    Um de meus amigos ia toda quinta-feira à noite a uma piscina coberta. Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção: ele tinha o costume de correr até a água e molhar só o dedão do pé. Depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água. Era um excelente nadador.
Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse intrigado com esse costume de molhar o dedão antes de saltar na água.
    Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito. O homem sorriu e respondeu: “Sim, eu tenho um motivo” para fazer isso. Há alguns anos, eu era professor de natação de um grupo de homens. Meu trabalho era ensiná-los a nadar e a saltar de trampolim. Certa noite não conseguia dormir e fui à piscina para nadar um pouco; sendo o professor de natação, eu tinha uma chave para entrar no clube".
    "Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra na parede em frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela imagem."
    O professor de natação continuou: "Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi um cântico cujas palavras me vieram a mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar por meio de seu precioso sangue".
    "Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos e nem compreendo por que não pulei na água. Finalmente voltei, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso ... na noite anterior haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido!"
    "Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado, seria meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus - que por me amar permitiu que eu continuasse vivo - que me ajoelhei na beira da piscina. Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas minha alma também precisava ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual Jesus morreu para nos salvar. Ele me salvou quando confessei os meus pecados e me entreguei a Ele."
    "Naquela noite fui salvo duas vezes, física e espiritualmente. Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que sou eternamente salvo. Talvez agora você compreenda porque eu molho o dedão antes de saltar na água".

A máquina de escrever

A máquina de escrever

    Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, funciona bxm, com xxcxção dx uma txcla. 
    Há 42 txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isso faz uma grandx difxrxnça. 
    Às vxzxs, mx parxcx qux mxu grupo x como a minha máquina dx xscrxvxr, qux nxm todos os mxmbros xstão dxsxmpxnhando suas funçõxs como dxviam, qux txm um mxmbro achando qux sua ausxncia não fará falta... 
    Vocx dirá: "Afinal, sou apxnas uma pxça sxm xxprxssão x, por isso, não farxi difxrxnça x falta à comunidadx."
Xntrxtanto, para uma organização podxr progrxdir xficixntxmxntx, prxcisa da participação ativa x consxcutiva dx todos os sxus intxgrantxs. 
    Na próxima vxz qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr x diga a si mxsmo: "Xu sou uma pxça importantx do grupo x os mxus amigos prxcisam dx mxus sxrviços!" 
    Pronto, agora consertei a minha máquina de escrever. Você entendeu o que eu queria te dizer? 
    Percebeu a sua imensa participação na vida daqueles ao seu redor? Percebeu que assim como tem pessoas que são importantes para nós, também, somos importantes para alguém? 
    Lembre-se de que somos parte do Universo e como tal somos uma peça que não podemos faltar no quebra-cabeça da vida...
Desconhecido

A gente colhe o que planta...

A gente colhe o que planta...

O nome dele era Fleming e era um pobre fazendeiro escocês. Um dia, enquanto trabalhava para ganhar a vida e o sustento para sua família, ele ouviu um pedido desesperado de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu para lá. Lá chegando, enlameado até a cintura de uma lama negra, encontrou um menino gritando e tentando se safar da morte. O fazendeiro salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível. No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à humilde casa do escocês. Um nobre elegantemente vestido sai e se apresenta como o pai do menino que o fazendeiro tinha salvo. "Eu quero recompensá-lo", disse o nobre. "Você salvou a vida do meu filho". "Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz", responde o fazendeiro escocês, recusando a oferta. Naquele momento, o filho do fazendeiro veio à porta do casebre. "É seu filho?" perguntou o nobre. "Sim", o fazendeiro respondeu orgulhosamente. "Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como seu pai, ele crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho". E foi o que ele fez. Tempos depois, o filho do fazendeiro Fleming se formou no St. Mary's Hospital Medical School de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexander Fleming, o descobridor de penicilina. Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia. O que o salvou? A penicilina. O nome do nobre? Senhor Randolph Churchill. O nome do filho dele? Senhor Winston Churchill. Alguém disse uma vez que a gente colhe o que a gente planta...

sábado, 24 de dezembro de 2011

A Curiosidade e o Interesse


A Curiosidade e o Interesse

A palavra interesse tem sua origem no latim e significa estar entre. Podemos dizer que é uma postura mental ativa diante de algo que nos chama a atenção. Leva-nos a aprofundar no objeto que estamos vendo ou analisando com os olhos mentais, a observação e o entendimento. Quando existe o interesse, os fatos, as sensações, as experiências fixam-se fortemente nos arquivos da vida, os da mente e da sensibilidade, sendo que jamais são esquecidos. Podemos nos interessar por uma pessoa, um animal, um objeto, uma paisagem, um conhecimento. Deveríamos, antes de tudo, interessar-nos por nós mesmos; pelo que somos e poderemos ser. O interesse implica sempre numa responsabilidade, numa profundidade, e nunca na superficialidade, como no caso da curiosidade, que pôde ter sua utilidade nas primeiras etapas da vida do homem na Terra, como o tem para as crianças que reproduzem aquela fase da evolução da espécie, mas que quando adultas deverão substituir a curiosidade pelo interesse, a superficialidade pela profundidade.
Existe um tempo para a curiosidade e um tempo para o interesse, como um para infância e outro para a maturidade, embora devamos procurar manter em nossas mentes e em nossos corações a criança que fomos um dia como um tributo de gratidão àquela fase iluminada e feliz.
No livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, o educador Carlos Bernardo González Pecotche caracteriza a curiosidade como um pensamento com origem num impulso instintivo, adequado ao rude homem primitivo e aceitável também nas crianças. E que no adulto este impulso natural pode se transformar num grave defeito que leve a pessoa a bisbilhotar a vida alheia, sempre ávida de informação, ocupando-se do que não deveria se ocupar e causando muitos problemas para si mesmo e para os outros. Grave defeito que tem distanciado tantas pessoas, pois o intrometido e indiscreto está sempre a vigiar os outros se esquecendo de si mesmo, que é quem mais deveria lhe interessar.
Para que a pessoa mude e se torne circunspeta, explica o educador, será necessário mudar esta postura curiosa e passar "do superficial ao profundo das coisas, do que não é transcendente ao importante e transcendente, da curiosidade ao interesse que se justifica no fim perseguido".
A tarefa não é fácil e nem difícil. Exigirá a vontade e o empenho de quem pretenda deixar de ser curioso e superficial para interessar-se por motivos e assuntos que transcendam a vulgaridade que enfeitiça e hipnotiza as mentes que vagam sem uma orientação definida.
No mesmo livro o autor descreve o interesse como antípoda da indiferença, outro pensamento negativo que provoca ausência mental e sensível da pessoa em relação ao que lhe rodeia. Uma indiferença que pode surgir de fracassos, derrotas e levar uma pessoa a ficar doente pelo desleixo com a saúde, ou até ao suicídio em casos extremos.
E conclui o autor exortando a quem padeça do mal da indiferença para que lute contra esta tendência negativa: "A vida não deve ser indiferente a nada. A morte, sim, é indiferente a tudo, e a frieza da indiferença assemelha-se, eloqüentemente, ao mutismo da tumba".
Tais palavras nos trazem à recordação a Comédia de Dante onde o poeta diz que "o pior dos suplícios é sentir-se morto sem acabar de morrer, é sentir-se quase vivo estando morto, e, ansiando morrer, seguir vivendo".
Nagib Anderáos Neto

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Quem sou eu!

Meu nome é Jorge Paulo, sou natural do Rio de Janeiro (RJ), nascido no dia 06 de Agosto. Gosto muito de ler bons textos.
Apesar de minha formação ser na Área de Ciências Econômicas e  Gestão Empresarial, além de trabalhar no Setor Financeiro, sempre fui um grande apreciador da "Última flor do Lácio, inculta e bela" (Olavo Bilac, referindo-se à língua portuguesa).
Aliado ao gosto pela leitura, surgiu a idéia de partilhar algumas das muitas mensagens que tenho em arquivo, pois acredito que textos saudáveis e edificantes só nos fazem bem.
Recebo alguns textos de amigos e por não priorizar a guarda de tais escritos unicamente para meu proveito, resolvi dividí-los com todos os que acessam essa página.
Se você gostou do que aqui encontrou, escreva-me. Se quiser, peça-me que lhe mande outros textos. Terei imenso prazer em enviar mensagens sobre temas diversos.
O meu sincero desejo é que a sua visita não seja única e passageira; aguardo muitas outras para que você possa ler as novidades que, periodicamente, publicarei.
Espero poder ser seu companheiro nessa "jornada", compartilhando essas mensagens.
Compartilhar é uma palavra nobre. Ela significa: dividir para somar; distribuir o que se tem (e pode ter certeza, quanto mais você distribui, mais você passa a ter).
Companheiro; outra palavra que cumpre explicitar melhor. Companheiro deriva de "pão", sabia? Companheiro é aquele que reparte o pão no "caminho". Não apenas o pão material, mas, sobretudo o espiritual ...
Um fraternal abraço, JP

Bem vindo (a) ao Blog do JP

"Não brilhe apenas para que os outros vejam, mas para que sejam iluminados". Masaharu Taniguchi

Estou postando, neste blog, coisas que eu estavam na minha Página na Internet e que o BOL (Brasil On Line) irá fazer o favor de descontinuar brevemente.
Por essa razão, resolvi criar este blog. Assim posso continuar partilhando, com as pessoas, os textos, as mensagens e tudo o que eu havia criado lá.
Espero que gostem...
JP
Rio de Janeiro (RJ), 20/12/2011