domingo, 22 de abril de 2012

O QUE EU NÃO QUERO...


O QUE EU NÃO QUERO...
                                                 (Mário Quintana)
 "Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim,
que queira estar junto de mim, me abraçando.
 
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame,
não me importando com que intensidade.
 
Não tenho a pretensão de que todas
as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem.
O importante pra mim é saber que eu,
em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso
estampando em meu rosto,
mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
 
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
 
Queria ter a certeza de que apesar
de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou,
não pelo que tenho...
 
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida lhe proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento... e não brinque com ele.
 
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude,
para que eu nunca cresça,
para que eu seja sempre eu mesmo.
 
Não quero brigar com o mundo,
mas se um dia isso acontecer,
quero ter forças suficientes para
mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor,
e que não existe vitória sem humildade e paz.
 
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar,
amanhã será outro dia, e se eu não desistir
dos meus sonhos e propósitos, talvez obtenha  êxito
e serei plenamente feliz.
 
Que eu nunca deixe minha esperança
ser abalada por palavras pessimistas ...
Que a esperança nunca me pareça um "não"
que a gente teima em maquiá-lo de verde
e entendê-lo como "sim".
 
Quero poder ter a liberdade de
dizer o que sinto a uma pessoa,
de poder dizer a alguém o quanto ele
é especial e importante pra mim,
sem ter de me  preocupar com terceiros ...
Sem correr o risco de ferir uma
ou mais pessoas com esse sentimento.
 
Quero, um dia, poder dizer
às pessoas que nada foi em vão ...
que o amor existe, que vale a pena
se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim,
e que eu sempre dei o melhor de mim
... e que valeu a  pena!!!

sábado, 7 de abril de 2012

Ressurreição, tempo de misericórdia.


Ressurreição, tempo de misericórdia.



O tempo é de ressurreição. Já não podemos mais ouvir os gritos do calvário, o movimento curioso de quem desejava a tragédia, a morte pública e cruel. O que temos é o jardim vistoso sugerindo primaveras. A vida revestida de cores mansas como se uma chuva miúda devolvesse aos poucos o frescor que combina com as manhãs.

O que me instiga em tudo isso é a falta de provas para o fato. O sepulcro estava aberto, vazio. Mas isso não era o suficiente para que a ressurreição fosse proclamada. Alguém poderia ter roubado o corpo. Não faltariam incrédulos para essa suspeita.

A certeza da ressurreição não consiste em provas materiais para o fato. A imposição dessa verdade não passa pela materialidade do mundo, nem tampouco pode ser explicada através das claras regras que foram postuladas por nossa razão cartesiana.

Estamos falando de algo maior, superior. O que despertou o grito da ressurreição foi o encontro dos olhares de quem havia estado com Ele. Foi o momento em que João reconheceu em Pedro a presença do Mestre. Resquícios esquecidos na alma, doação existencial que o configurava de forma renovada, como se tivesse nascido de novo.

"Ele está no meio de nós!" - A voz proclama. Grita o que ainda não compreende. Grita o que intui em mistério, o que descobre aos poucos. A alma reconhece na carne o milagre da continuidade. Os desdobramentos da Eucaristia celebrada dias antes se tornam evidentes. João vê na carne de Pedro a carne de Jesus. É o mesmo sangue, é a comunhão estabelecida. O sangue jorrado na cruz encontrou novas veias e por elas corre.

É o olhar epifânico ardendo como a sarça ardeu diante dos olhos de Moisés. Sarça humana, pupilas dilatas de alegria, incapacitadas de esconderem os olhos que estavam por trás dos olhos de Pedro. Olhos que deixaram de brilhar no calvário, mas que agora são reacendidos nos olhos do amigo que ficou. O apóstolo é a continuidade do Mestre. Simbiose que faz o agir ser o mesmo, como se uma costura atasse a vida de Pedro à vida de Cristo.

É o ser emprestado em sacramento, força que o altar atualiza e que a alma recebe prostrada, generosa. A sobrevivência do Cristo passa pela alma que o aceita. É preciso acolher o dom de ser ressurreto. Passa pela nossa carne esta mística que nunca terá fim. Não aceitá-la é o mesmo que viver a privação da felicidade. Não é possível ser feliz fora desta dinâmica. As religiões nos ensinam. É preciso aprender. O altar estendido é o banquete do encontro. O Cristo sentado à mesa nos ensina de forma simples e duradoura que é preciso crescer na ressurreição. Ele nos dá de comer. "Isto é o meu corpo". Ele nos dá de beber. "Isto é o meu sangue".

É Nele que nos transformamos. Quando por Ele nos decidimos, Dele nos tornamos continuidade. Cada um ao seu modo vive o seu processo. É estrada humana também. Jesus nos ensinou a humanidade antes de nos propor o céu. Por isso o aperfeiçoamento de tudo o que é humano é exercício de santidade. O pecado nos mata, mas a ressurreição nos socorre.

Viver e morrer são dinâmicas inevitáveis. Cada um sabe o tanto que morre. Cada um sabe o tanto que vive. As escolhas estão por toda parte.

Mas o Cristo está diante de nós. Em suas mãos não há outra coisa senão a sua Misericórdia. O motivo de sua morte é o motivo de nossa vida. Ele morreu porque quis nos ensinar que a justiça divina compreende também a sua capacidade de amar. Ele nos deu o direito de sermos íntimos do Pai. Ensinou caminhos simples, diretos, sem rodeios.

Ensinou que podemos ser santos, mesmo sendo proprietários de tantos defeitos. Ensinou que há sempre uma esperança escondida dentro de nós, e que procurar por ela é um jeito bonito que temos de colocar os nossos passos nas marcas de seus pés.

Neste tempo de Ressurreição queiramos a sua misericórdia.

 Eu quero. Queira também. Eternamente.

Padre Fábio de Melo

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Para reflexão de hoje !!!


"DINHEIRO FAZ HOMENS RICOS,  O CONHECIMENTO, HOMENS SÁBIOS... E A  HUMILDADE FAZ GRANDES HOMENS!"
Existem  pessoas que não tem absolutamente nada, mas porque ocupam  um determinado cargo em alguma grande, média ou pequena empresa, acham-se no direito de ser superiores aos demais; na verdade são pequenos e só conseguem sentir–se grandes  humilhando,  pisando, tripudiando o seu semelhante.  Isso está sendo plantado em muitas empresas e o que resulta disso são pessoas amargas, doentes e determinadas a vencer a qualquer preço, na verdade se tornam pessoas infelizes e incapazes de realizações simples.
Não é riqueza ou o poder que nos fazem felizes e sim a interpretação da vida e o que fazemos dela.
Ser CHIQUE não é TER, mas, SER!
PODER sem HUMILDADE é TIRANIA!
PODER com HUMILDADE é SABEDORIA!
Eis aí a grande diferença que distingue DITADORES ou CHEFES de LÍDERES.

Boa Páscoa a todos...!!!
JP (05/04/2012)